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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Projetos de 'nu verdadeiro' atraem mulheres em busca da beleza natural



Difícil calcular quanto tempo a designer Fátima Frazão, 27, já passou na frente do computador para transformar modelos naturalmente bonitas naquilo que elas não são: perfeitas.
Faz parte do trabalho, mas ela está longe de concordar com isso. Neste mês, Fátima resolveu dar o troco. Procurou uma fotógrafa que havia lhe falado sobre um tal "nu verdadeiro", sem nenhum tipo de retoque, e tirou toda a roupa.

O motivo? A afirmação do seu corpo e o desejo de "estar do outro lado". "A manipulação da imagem para atingir a beleza irreal é uma mutilação da mulher", reclama.
Satisfeita com o resultado, Fátima não vai deixar as fotos no fundo de uma gaveta. Elas estão na internet e, assim como ela, cada vez mais mulheres se interessam em posar nuas, desde que sem retoques.
Pouco importa que dobrinhas, marquinhas ou estrias fiquem à mostra. A ideia é que "seja de verdade" e que o Photoshop passe longe das fotos.
Nenhum deles paga nada para as modelos. Tampouco cobram pelas fotos. A procura é espontânea. "Já temos cerca de 200 mulheres inscritas", garante Wagner Nogueira, criador do Nu Real.



Folha acompanhou um dia de sessões de fotos do site. Algumas chegam tímidas, outras decididas. No caso da atriz Carolina Costa, 32, foram necessárias quatro doses de martini para se soltar.
Com cerca de 1,70 m, ela já pesou 100 kg. Hoje, quase 30 kg mais magra, não tem vergonha das estrias que lhe restaram. "Nem todas têm que ser a Gisele Bündchen", diz.
Advogadas, administradoras, atrizes e designers, não há nada em comum entre elas.
No mesmo dia da sessão de fotos de Carolina, a terapeuta tântrica Gabrielle Carla Dal Piva, 26, decidiu se dar uma segunda chance. Com 1,58 m e 59 kg, ela não está exatamente fora dos padrões de beleza, tanto que já posou para o site de uma revista masculina.
Achou que seria "o máximo". Não foi. "As fotos ficaram lindas, mas eu parecia uma boneca. Esse modelo [de beleza] é mentira", afirma, com uma timidez surpreendente, a descendente de japoneses de voz quase inaudível.

Fonte: Folha 

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